ARTESANATO CHICOTES MACUXIS



Os chicotes dos Macuxi


Os macuxi são hábeis artesãos com o couro. Seus chicotes e laços são famosos em toda a região. Além de muito bem trabalhados, são peças muito úteis na lida do gado. Infelizmente a habilidade do trabalho vem se perdendo e não são muitos que fazem laços coloridos como este abaixo.
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FONTE: https://impressoesamazonicas.wordpress.com

LENDAS MACUXIS

Lendas indígenas desvendam Roraima

Tamba Tajá

Um casal de índios muito apaixonado vivia feliz na tribo Macuxi, mas um dia, a bela índia adoeceu e ficou paralítica. O índio teceu uma tipoia e amarrou a amada nas costas, levava-a para todos os lugares. Certo dia, a esposa morreu e o índio enterrou-se junto com a amada na beira de um igarapé. Algumas luas se passaram e no lugar do enterro nasceu à planta Tampa Tajá. 

Mimirã
A lenda conta que mimirã é um fantasma ancestral renegado pela etnia Macuxi que foi expulso da tribo, pois atormentava todos os indígenas com a loucura. De aparência muito feia, aterroriza pessoas que trabalham em locais fechados, devido ter sido criado em ambientes isolados. Mimirã é uma criatura magra, muito branca e desengonçada. 
Cruviana
A lenda da Cruviana explica o frescor das madrugadas roraimenses. Durante todas as noites, a linda deusa do vento se transforma em brisa e seduz os forasteiros durante o sono. Na manhã do dia seguinte, os viajantes acordam encantados e apaixonados pela terra de Makunaima, de onde nunca mais vão embora.
Tepequém
Diz à lenda que durante muito tempo, um vulcão existia em Tepequém e causava grandes estragos aos indígenas que moravam na região. Depois de muitas tragédias, os pajés entregaram três lindas virgens ao deus do fogo e em seguida, as larvas pararam de jorrar e diamantes saiam do vulcão. Há quem diga que as três serras que formam Tepequém são as índias virgens sacrificadas.

Makunaima
Um belo dia Makunaima constatou que o seu território tinha sido invadido. Muito zangado, convocou os guerreiros e partiram para a batalha. O poderoso índio expulsou todos os invasores, mas ficou muito ferido e subiu para o Monte Roraima, onde dorme profundamente. Quando o guerreiro acordar e não gostar do que presenciar no seu reino, todos os súditos sentirão o peso da ira de Makunaima. 
Canaimé
Canaimé é um ser muito temido pelos índios de Roraima e ataca quem faz mal para a natureza. Canaimé não possui cabeça, tem olhos na barriga e fica invisível para atormentar os inimigos que invadem o seu território. Canaimé habita na montanha Tupuy juntamente com espíritos do mal, animais gigantes, como cobra grande e o grande deus do mal, Makunaima. 

Terra oca


De acordo com os Macuxis em suas lendas, eles são os descendentes dos filhos do Sol, o criador do Fogo e da doença e os protetores do “interior da Terra.”A s suas lendas falam de uma entrada na Terra. Até ao ano de 1907, os Macuxies entrariam em algum tipo de caverna, e viajavam de 13 a 15 dias até que chegassem ao interior. Seria ali, “no outro lado do mundo, no interior da Terra” o lugar onde os gigantes vivam, criaturas que têm cerca de 3-4 metros de altura, esses gigantes tinham a tarefa de proteger a entrada, impedindo estranhos de entrarem na “Terra oca.” Lendas do povo Macuxi afirmam que aqueles que se aventuravam no percurso da caverna misteriosa, viajavam durante três dias, descendo apenas escadas gigantes, medindo cerca de 1 metro cada degrau. Após o terceiro dia, eles deixariam para trás as suas tochas, e continuavam a sua jornada iluminados por luzes que já estavam presentes nas cavernas. Lanternas gigantes, do tamanho de uma melancia a brilhar como o sol. Depois de 4 a 5 dias de viagem, aqueles dentro da caverna iriam perder peso e massa corporal, o que lhes permitira mover muito mais rápido. As lendas do povo Macuxi afirmam que após 5 dias de viagem, eles iriam deparar-se sobre enormes cavernas cujos limites não podiam ser visto, e numa das câmaras do sistema de cavernas, há quatro objetos semelhantes ao sol, que eram impossíveis olhar, cujo propósito é desconhecido para o povo Macuxi. No interior da Terra, existem lugares onde as árvores com alimentos são capazes de crescer. Os Macuxi dizem que frutas como mangas, bananas e algumas plantas menores podem ser encontradas após 6-7 dias de viagem. Quanto mais o povo Macuxi se aventurava para o interior da Terra, maior eram as áreas com vegetação. Mas nem todas as áreas eram verdes e prósperas. O povo Macuxi diz que alguns lugares são extremamente perigosos e devem ser evitados, como aqueles com pedras e riachos de ebulição.
As tradições orais dos Macuxi continuam e dizem que depois de passar estas câmaras gigantes, tendo passado metade da viagem, eles precisavam de se mover com cuidado uma vez que o misterioso “ar” podia pôr as pessoas a “voar ou flutuar”. Continuando a sua jornada, eles iriam chegar a um lugar no interior da Terra, onde os gigantes viveram. Lá, os exploradores Macuxi iriam comer a comida dos gigantes, onde cresciam maçãs do tamanho de cabeças humanas, uvas do tamanho de um punho humano, e peixes gigantes e deliciosos eram capturados pelos gigantes e dados aos Macuxi como presentes. Após de se abastecerem com comida oferecida pelos gigantes, os exploradores Macuxi voltavam “para casa”, para o mundo “exterior”, ajudados pelos gigantes do mundo interior. Diz-se que os Macuxi são os “guardiões” do submundo, os protetores da entrada para o interior da Terra, e as suas lendas falam de uma terra, no interior da terra, que está cheia de poderes e riquezas incríveis. Para os Macuxi, a sua “lenda” era real, e eles eram os protetores da entrada até que exploradores britânicos foram para a Amazónia em busca de ouro e diamantes, e aventuraram-se nas cavernas, e nunca mais foram vistos. Desde essa altura que os Macuxi dizem que foram punidos pelos gigantes por não cumprir os seus deveres e as “lendas” dos gigantes desapareceram com os anos.
 http://portalamazonia.com/noticias-detalhe/variedades/lendas-indigenas-desvendam-roraima/?cHash=9ff05b2753188e4b5852fbd59e71c3b1

CONFLITOS TI RAPOSA SERRA DO SOL

CONFLITO PELA TERRA


Com 1,7 milhões de hectares em área contínua no norte do Estado de Roraima, a Terra Indígena Raposa Serra do Sol é alvo de disputa desde meados da década de 1970, quando começou seu processo de identificação e demarcação. Em 2005, foi homologada pelo presidente Lula. A retirada de não-índios, iniciada em meados da década de 1990, foi interrompida quando um grupo de influentes rizicultores se recusou a sair da região.

MAPA DE DEMARCAÇÃO:
http://www.geostudos.com/arquivos/animacoes/93e25e10e116c7ac5e8cbf8213d60e0d.swf

A CHEGADA DOS BRANCOS
Na ocupação portuguesa do vale do Rio Branco, na região de Roraima onde hoje fica a capital Boa Vista, no século XVIII, os brancos encontram os índios da macuxis, Posteriormente, os colonizadores arregimentaram mão-de-obra indígena pela extração vegetal.

1917- PRIMEIRA DELIMITAÇÃO
Em 16 de outubro, o estado do Amazonas edita a lei estadual nº 941, que delimita as terras entre os rios Surumu e Cotingo para a ocupação e usufruto dos índios Macuxi e Jaricuna.

1919- INÍCIO DA DEMARCAÇÃO
O Serviço de Proteção ao Índio (SPI) inicia a demarcação física da área. O trabalho, no entanto não é finalizado e não impede seguidas invasões futuras.

1977- GRUPO DE TRABALHO
Presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) assina a portaria GM/111, que institui um grupo de trabalho interministerial (GTI) para demarcar a Terra Indígina, mas não apresenta relatório conclusivo de seus trabalhos.

1979- DEMARCAÇÃO PROVISÓRIA
Em janeiro, um novo GTI é formado e sem executar estudos antropológicos ou historiográficos, propõe uma demarcação provisória de 1,34 milhão de hectares.

1984- AUMENTO DA RESERVA 
É proposto aumento da demarcação para 1,57 milhão de hectares. Identificadas cinco áreas próximas: Xununuetamu, Surumu, Raposa, Maturuca e Serra do Sol.

1989- DESMEMBRAMENTO
Portaria Interministerial nº 345 desmembra o território Igariko da Terra do Sol.

1992/1993- O PARECER OFICIAL
Ao longo de dois anos, GTIs formados pela Funai reestudam a área e propõem ao Ministério da Justiça, em caráter conclusivo, o reconhecimento da extensão contínua de 1678 milhão de hectares. O poder publicado no Diário Oficial da União no dia 21 de maio de 1993.

1996- CONTESTAÇÕES REJEITADAS
Com decreto 1775, o presidente Fernando Henrique Cardoso garante contestaçoes da demarcação da Terra Indígena  por não-índios e pelo Governo de Roraima. O Ministro da Justiça, Nelson Jobin, rejeita os pedidos mais propõe pequenos "ajustes", como preservação de vilarejos, estradas e fazendas tituladas pelo Incra.

http://acervo.oglobo.globo.com/fotogalerias/a-reserva-raposa-serra-do-sol-10213958

1998- NOVA PORTARIA
O novo Ministro da Justiça, Renan Calheiros, revoga as medidas anteriores e assina a portaria 820/98, que declara a TI Raposa/Serra do Sol posse permanente dos povos indígenas Ingarikó, Macuxi, Wapixana e Taurepang, com exceção  da área do 6º Pelotão Especial de Fronteiras.

1999- MANDATO DE SEGURANÇA
Governo de Roraima súplica mandato de segurança no Superior Tribunal de Justiça (STJ), com pedido de anulação da portaria 820/98. Uma liminar parcial é concedida em favor do Governo de Roraima.

2002- LIMINAR REVOGADA 
O mandato de segurança pedido pelo Governo de Roraima é negado pelo Superior Tribunal de Justiça e a liminar parcial é revogada.

2004- DEMARCAÇÃO SUSPENSA
Em março, o juiz Helder Girão Barreto, da 1ª Vara Federal de RR, suspende parte da portaria anterior e exclui da área de demarcação da reserva Raposa Serra do Sol todas as vilas, cidades e zonas de expansão existentes na região. Em agosto, tanto o STJ quanto o STF negam pedidos do Ministério público /federal e da Advocacia Geral da União (AGU) para derrubar a decisão do TRF.

2005- HOMOLOGAÇÃO E PROTESTOS
Dia 13 de abril, o Ministério da Justiça emite portaria 534 que revoga a Portaria 820/98, a medida mantém a sede da cidade Uiramutã fora do TI, assim como as estradas que atravessam a reserva. equipamentos e vias públicas ficam preservadas. É criado o Parque Nacional do Monte Roraima, patrimônio da União, administrado pelo Ibama. No dia 15 o presidente Lula assina a homologação de TI Raposa Serra do Sol. Em resposta o Gevernador de Roraima Ottomar Pinto (PTB) decreta luto oficial no estado por sete dias.

2006- DEMARCAÇÃO MANTIDA
Fazendeiros entram na justiça para tentar a posse de terras demarcadas dentro da área demarcada da reserva, atrasando o processo de pagamento de benfeitorias e a liberação da área.

2007- AÇÃO CAUTELAR
Em junho, o STF derruba liminar, dada em maio pelo ministro Carlos Ayres Britto, que garantia a permanência de 12 empresas agrícolas e pecuaristas na reserva. Em setembro, o estado de Roraima ajuiza uma ação cautelar contra a \união e a Funai, pedindo a suspensão em parte, da portaria de Ministério da Justiça do decreto presidencial que tratam  da ampliação e demarcação da reserva, apontando supostas ilegalidades no processo de demarcação da parte da área.

2008- O CONFRONTO
O STF defere o pedido de ação cautelar do estado de Roraima, que entra com nova ação, tentando anular o laudo antropológico que serviu de base para a demarcação. Em março, a PF inicia a Operação Upakaton 3, para retirar os não-índios da TI, os pequenos proprietários rurais, comerciantes e um grupo de grandes produtores de arroz. A operação encontra resistência inclusive de índios contrários a demarcação da reserva em área contínua. Com os conflitos, o STF decide suspender a ação da PF.

2009- DECISÃO HISTÓRICA
O STF já resolveu a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol deve ser contínua, e os arrozeiros que ocupam a região terão de deixa-la. Mas o Tribunal estabeleceu 19 condições, seguradas pelo Ministro Carlos Auberto Menezes Direito, para a demarcação contínua da reserva. Entre essas condições, está a proibição para a exploração de recursos hídricos, potencial energético e garimpagem do subsolo.

Fonte: http://www.geostudos.com/arquivos/animacoes/93e25e10e116c7ac5e8cbf8213d60e0d.swf
imagens: http://acervo.oglobo.globo.com/fotogalerias/a-reserva-raposa-serra-do-sol-10213958

































Curiosidade #2



Neste vídeo é possível observar a cultura macuxi em prática. O vídeo mostra uma indígena Macuxi ensinando a fazer uma panela de barro.

ORGANIZAÇÃO SOCIAL / POLÍTICA




                   Organização social

                                      
http://planetasustentavel.abril.com.br/album/povos-indigenas-mais-numerosos-231906.shtml?&foto=3



O desenho da aldeia macuxi não demonstra de imediato ao observador sua morfologia social. As casas parecem distribuir-se aleatoriamente, porém um olhar mais atento percebe que, via de regra, elas se dispõem em conjuntos que correspondem a parentelas. Estas formam unidades políticas cuja interação perfaz a vida social e política da aldeia.





A aldeia macuxi consiste assim basicamente em uma ou várias parentelas interligadas por casamentos. Dada a tendência uxorilocal [após o casamento, o casal vai morar com a família da moça] que se verifica nas sociedades dessa região, residência e parentesco são instâncias associadas que, articuladas, dão origem à chefia. Nesse sentido, o grupo local organiza-se em torno da figura de um líder-sogro de cuja habilidade política na manipulação dos laços de parentesco depende sua existência. Com o declínio do prestígio do líder-sogro ou sua morte, o grupo local tende a tomar outras formas ou desfazer-se. Mesmo neste último caso, porém, a aldeia persiste como referência histórico-geográfica.
A política matrimonial macuxi tende a favorecer reuniões endogâmicas, ou seja, procura-se casar dentro das parentelas que compõem a aldeia. Entretanto, pode-se verificar uma alta incidência de casamentos entre aldeias que estreitam suas relações, configurando conjuntos regionais.
Como ocorre entre os outros grupos Pemon, para os Macuxi a relação entre cunhados – yakó – é marcada por grande liberdade e igualitarismo, enquanto, inversamente, a relação sogro-genro – pái-to – pressupõe evitação, subordinação e consideráveis obrigações materiais do genro para com o sogro.

Na aldeia, a liderança política emerge assim do jogo das parentelas em que prevalecem as relações acumuladas de afinidade, isto é, o líder é aquele que detém uma rede mais ampla de afins e, portanto, aliados políticos. Hoje, há que se considerar ainda o fator decisivo que representa a atuação de agências indígenas e indigenistas, pelas quais um líder angaria prestígio e apoio material que lhe podem conferir maior estabilidade.

Fonte: ttp://www.indioeduca.org/?p=1782 
 http://valoreseidentidademacuxi.blogspot.com.br/ 
 http://portalamazonia.com/
https://pib.socioambiental.org/pt/povo/macuxi/734

LOCALIZAÇÃO : anî pata ( nosso lugar)




       IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO 




       Os Macuxi, povo de filiação lingüística Karíb, habitam a região das Guianas, entre as cabeceiras dos rios Branco e Rupununi, território atualmente partilhado entre o Brasil e a Guiana. O território macuxi em área brasileira hoje está recortado em três grandes blocos territoriais: a TI Raposa Serra do Sol, a TI São Marcos, ambas concentrando a grande maioria da população, e pequenas áreas que circunscrevem aldeias isoladas no extremo noroeste do território macuxi, nos vales dos rios Uraricoera, Amajari e Cauamé.
Apresentando notável constância, essa distribuição espacial dos Macuxi tem permanecido inalterada ao longo de uma extensão contínua de terras desde pelo menos os primeiros registros historiográficos disponíveis para a região do vale do Rio Branco, no século XVIII. A mais populosa é a TI Raposa Serra do Sol, na porção central e mais extensa de seu território. Essa área é habitada por uma população global estimada em 10 mil habitantes distribuídos em 85 aldeias cuja grande maioria é Pemon [dados de 2004].
A TI São Marcos estende-se contígua à TI Raposa/Serra do Sol. Trata-se de uma área onde estão localizadas 24 aldeias macuxi, com uma população total estimada em 1.934 pessoas (Funai, 1996), que é em sua grande maioria Macuxi.


A distribuição espacial da população macuxi faz-se em várias aldeias e pequenas habitações isoladas. Estima-se que existam 140 aldeias macuxi no Brasil, mas não há dados precisos sobre o seu número. Para a área guianense, a estimativa é de cerca de 50 aldeias no interflúvio Maú(Ireng)-Rupununi [dados de 2004].


As aldeias na floresta caracterizam-se por casas comunais em que convivem distintos grupos domésticos, compostos por famílias extensas ligadas entre si por laços de parentesco. Já na savana geralmente encontram-se casas dispersas que abrigam grupos domésticos cuja composição é análoga àquela acima descrita; nesse sentido, a aldeia na savana configuraria um desdobramento da casa comunal típica da floresta.


As fronteiras étnicas na região são bastante tênues, em função de arranjos residenciais entre parentelas cognáticas integradas por homens de diferentes procedências, sobretudo em aldeias nas zonas de intersecção entre as etnias, em que há agrupamentos compostos por famílias extensas mistas entre Macuxi e Ingaricó; ou entre Macuxi e Patamona: os Macuxi e os Wapichana, entre outros.

Fonte: ttp://www.indioeduca.org/?p=1782 
 http://valoreseidentidademacuxi.blogspot.com.br/ 

COMIDAS TÍPICAS: a´re´ makusi (comida macuxi)


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    LAGARTA MUTAMBEIRA


Lagarta mutambeira conhecida na língua macuxi de terekara é um alimento em que no passado se consumia bastante, tem sua característica por ser preta com pinturas amarelas e surgem em determinadas épocas do ano, no período do inverno, nos meses de junho a agosto que costumam se agrupar em uma árvore chamada de mutambeira ou lagarteira.


Para saborear a lagarta mutambeira tem que escaldar na panela de barro e lavar bem. O cardápio pode ser preparado em Damurida alimento típico da região, com folha de cariru ou de macaxeira, pode secar ou assar. Nesse caso quando for em quantidade maior é armazenado em balde de jamaru passando assim ter a durabilidade entre quatro a cinco meses e depende do consumo e diversidade do alimento no dia a dia, no entanto com farinha, beiju, pimenta, é tão bom de consumir.

Pais de famílias ainda incentivam seus filhos a consumirem principalmente as crianças, mas muitas das vezes essas espécies comestíveis não aparecem como era no passado, devido à mudança de tempo, às vezes o inverno acontece antes do tempo e o verão muito prolongado o que quebra o calendário cultural dos povos indígenas. Atualmente a pratica de consumir a lagarta  mutambeira / terekara  vem sendo  consumido pelos mais velhos,  devido a convivência desde os tempo passado. Um dos impactos sociais é que a população jovem vem perdendo hábitos de consumir devido a intrusão diferentes hábitos.





CONSUMO DO KIAWÎ – SAUVA



       A saúva conhecida na língua macuxi é chamada de kiawî que surgem no período de inverno nos meses de abril a maio. Elas são conhecidas como rainhas das formigas, a saúva ser pego é levado para casa depois assado no forno ou em cima de uma peneira para queimar suas asas para consumir, somente os mais velhos que podem fazer esse processo porque se o jovem ou a moça fizer isso surgirá uma doença muito brava.







    Pode ser consumida de várias maneiras, pois já assada com farinha não tem nenhum problema, algumas pessoas na comunidade fritam a saúva depois de tirar suas asas, mas o que é o prato típico mesmo é cozido em damoridas, a população costuma também fazer misturas com a carne de peixe e carne de caças ou de bovinos dentro da Damurida com folha de cariru e assim a damorida vai passando vários dias até acaba esse cardápio.

Fonte: ttp://www.indioeduca.org/?p=1782 
 http://valoreseidentidademacuxi.blogspot.com.br/ 
https://pib.socioambiental.org/pt/povo/macuxi/734
http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2016/05/indios-macuxi-mostram-preparo-de-prato-tradicional-com-lagartas-em-